quinta-feira, 14 de maio de 2009

A doença Alzheimer e a sua associação à Diabetes tipo 2

A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do foro neurológico que progride irreversivelmente e que compromete de forma irremediável o cérebro, provocando alterações comportamentais, dificuldade de raciocínio e perda de memória, com efeitos devastadores no doente e em quem o rodeia.
Dos sintomas desta doença, destacam-se como os mais comuns, a perda gradual de memória, especialmente a mais recente, grande dificuldade na execução de tarefas quotidianas, diminuição da capacidade lógica, desorientação espacial, personalidade alterada, dificuldade de aprendizagem e de comunicação social.

Constitui a quarta causa de morte mundial em adultos e pode, ocasionalmente, manifestar-se muito cedo, no entanto são casos em que não se cria um diagnóstico de Alzheimer, pois a sua manifestação inicia-se, normalmente, a partir dos quarenta anos de idade, aumentando e agravando-se depois dos sessenta anos.

Recentemente, segundo informações da agência Faperj, médicos e cientistas, comprovaram o que tinham associado nos últimos cinco anos, a doença de Alzheimer à Diabetes tipo 2, pois médicos reparam que doentes com Alzheimer tinham tendência para ter Diabetes tipo 2, e vice-versa.
No entanto, as primeiras pistas da investigação começaram por não ser claras. Tudo começou pela descoberta de Fernanda de Felice, neurocientista e bióloga, que constatou que os receptores da hormona insulina nos neurónios, eram perdidos em doentes com Alzheimer. Como esta descoberta não era suficiente, em seguida, reunindo-se um maior número de cientistas, propôs-se o tratamento dos neurónios afectados pela doença de Alzheimer com um combinado de insulina e Rosiglitazona (um medicamento usado contra o diabetes tipo 2). Testes experimentais com células cerebrais em cultura, mostraram que o combinado evitava a progressão dos efeitos degenerativos da doença.

Assim, contraria-se o pensamento antigo de que o cérebro não necessita de insulina para funcionar. Para além de contribuir na obtenção de energia para que o cérebro funcione, a insulina também é importante na formação de memória, segundo explica Sérgio Ferreira, cientista brasileiro e da Faperj, ao Jornal do Brasil.


Inês Henriques

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