sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Prémio L'Oreál - A Neurologia em Portugal

O prémio L’Oréal da ciência foi instituído em Portugal em 2004 pela L’Oréal Portugal, pela Fundação Nacional da UNESCO e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia que distinguem e apoiam anualmente jovens investigadoras portuguesas.

Duas das três premiadas do ano passado investigam doenças neurodegenerativas e o júri, presidido por Alexandre Quintanilha, escolheu-as de entre 40 investigadoras pelos seus trabalhos prometerem bons resultados e pelo contributo que as suas descobertas trarão aos países mais industrializados, onde há grande incidência destas doenças.

Susana Solá, de 32 anos, é doutorada em Farmácia e estuda os mecanismos moleculares
envolvidos nestas doenças (exemplo: Alzheimer), e Paula Moreira, de 33 anos, é doutorada em Ciências Biomédicas e estuda o impacto da diabetes nestas doenças neurodegenerativas.

“No decurso do seu trabalho, Susana Solá está a tentar esclarecer a relação entre as mutações do gene responsável por distintos níveis de agregação daquela proteína (B-amilóide, que se deposita nos vasos sanguíneos do cérebro, e se encontra na origem da Alzheimer) e os seus diferentes graus de toxicidade no cérebro, nesta doença. Paralelamente, a jovem cientista está a testar a possibilidade de um neuroprotector, chamado TUDCA, poder retardar a morte das células cerebrais.”

Como podemos todos ver, em Portugal também se podem fazer grandes descobertas. É bom saber que o nosso país aposta na ciência com estes prémios e que as nossas cientistas se encontram no bom caminho!



FONTE: Diário de Noticias de dia 10 de Novembro de 2008, pág. 30.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

IMM

O Instituto de Medicina Molecular (IMM) identificou no inicio de Outubro do ano passado um mecanismo através do qual se desenvolvem leucemias em seres humanos.


«O grupo estudou exaustivamente a proteína PTEN, que actua nas células humanas como entrave ao desenvolvimento de tumores. O que eles descobriram, explicou o director da Unidade de Biologia do Cancro do IMM, foi um mecanismo novo que permite que um gene que trava a progressão dos tumores seja desregulado, aumentando a possibilidade de destruição das células malignas sem afectar as normais»


«”Conseguindo fazer terapias mais selectivas estaremos a diminuir os potenciais efeitos secundários das quimioterapias, e esse é o objectivo do nosso trabalho a longo prazo”, congratulava-se João Barata (líder do IMM), satisfeito com os resultados da equipa»


O IMM tem ido mais longe, já realizou estudos em doentes com SIDA que ajudaram a compreender o porquê de causar uma depleção dos linfócitos T CD4+, descreveu novos efeitos tóxicos que certos medicamentos provocam no fígado e sobressaiu ao identificar novos mecanismos moleculares que participam na diferenciação de células do sangue. É sempre bom estar a par destas descobertas!


Mais informação na próxima publicação, que está para muito breve! Excepcionalmente sobre outro tema que achei interessante.



FONTE: Notícias Sábado’ 144, parte integrante do Diário de Noticias de 11 de Outubro de 2008.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A Neurologia

A Neurologia é a área da medicina que estuda as doenças estruturais do Sistema Nervoso Central (composto pelo encéfalo e pela medula espinal) e do Sistema Nervoso Periférico (constituído pelos nervos e músculos).
Quando existe uma alteração neuroanatómica ou neurofisiológica que provoca diagnóstico clínico, deve ser interpretada juntamente com os sintomas do paciente, as respectivas funções alteradas e a sua estrutura anatómica (diagnóstico anatómico), sendo isto a base do raciocínio neurológico.

Considerando a enorme complexidade da estrutura física e funcional do sistema nervoso, conclui-se que os sintomas que deduzem uma doença neurológica podem ser de origem muito variada e tanto podem ocorrer de forma isolada como combinada, ou seja, os distúrbios neurológicos podem ter origem genética, hereditária ou ainda congénita, ou seja pode provir de um distúrbio do desenvolvimento embrionário ou fetal do sistema nervoso central ou periférico, tendo maior ou menor influência do meio ambiente ao longo da vida, desde o nascimento até à velhice.

Alguns exemplos de doenças Neurológicas:

• Doenças Vasculares: Acidente vascular cerebral (AVC)
• Esclerose Múltipla;
• Tumores (malignos ou benignos);
• Traumatismo Craniano;
• Doenças degenerativas (com influencia na hereditariedade ou não).



Aqui fica o segundo post, desta vez sobre a especialidade da Neurologia!
Até ao próximo post!
Inês Henriques.