sábado, 24 de janeiro de 2009

Modificações genéticas (curiosidade)

Estava eu agora mesmo sossegado a fazer zapping na minha tv, quando me deparei com um programa interessantíssimo na Sic Notícias: Produtos Genéticamente Modificados.

E porquê o interesse para este blog?

Simples. É uma área relativamente recente, e ainda que não seja medicina em si, trata-se, de certo modo, de prevenção, porque são, ou podem ser, inseridos genes resistentes a microrganismos na nossa alimentação, de maneira a minimizar o risco de infecções por injestão de microrganismos patogénicos.

Prosseguindo, o programa estava a contar como os britânicos têm tantas reservas relativamente aos produtos genéticamente modificados, pois têm inclusivé assistido a publicididade depreciativa relativamente a este tipo de produtos.

Quando o jornalista apresentou dois tipos de salsicha, um genéticamente modificado e outro não, ambas fritas, os entrevistados preferiam os produtos naturais, por não quererem interferir na natureza e por receio quanto à sua própria saúde, quando na verdade até pode ser mais saudável comer a genéticamente modificada!

Quando o jornalista (formado em ciências) argumenta a favor do produto genéticamente modificado, dizendo que até é melhor, por ser resistente às pestes, cultivar vegetais genéticamente modificados para resistir às ditas pestes. Ou quando referia o facto de poderem inclusivamente ser mais saudáveis, devido aos genes inseridos no DNA que podem ajudar inclusivé no quanto tempo demora o vegetal a apodrecer, a maioria dos entrevistados preferiram então o produto genéticamente modificado.

Serão os Portugueses tão obtusos quanto aos produtos genéticamente modificados? Penso que não.

O jornalista inclusivamente relembrou que nós, humanos, fazemos essa selecção genética (porque é isso que é, uma selecção dos melhores genes de diferentes plantas ou seres) à milhares de anos! Para comprovar mostrou uma couve selvagem, num sitio onde ainda se encontra sem qualquer contacto humano, e mostou vários tipo de couve (consideradas todas como a mesma espécie) que provieram da selvagem pela nossa selecção, e que nem sequer conseguem sobreviver sem a nossa protecção. E essas couves são: a couve folhada, a couve de folha com veios (esqueci-me do nome), a couve de bruxelas, a couve-flor e a couve fechada.

Explicando o processo actual de se modificar genéticamente algo: utiliza-se uma bactéria, a agrobacterium, que é "conhecida" como o engenheiro genético da Natureza. E porquê? Porque esta bactéria possui a propriedade de inserir no DNA da planta parte do seu próprio DNA. Na natureza, a bactéria utiliza esta propriedade para levar as árvores a criar tumores, o meio perfeito para a proliferação da bactéria. Em laboratório, os cientistas inserem, com enzimas de restrição e ligases de DNA, a porção de DNA que querem inserir na planta, no DNA da bactéria (na porção especifica que a bactéria insere nas plantas), sendo a fase seguinte meramente provocar o seu contacto com os embriões da planta. O resto a bactéria faz sozinha. Como vêm, um processo muito natural.

Enfim, esta publicação é feita mais a titulo de curiosidade, tendo em conta que achei muitíssimo interessante.

Como fiz no título desta publicação, sempre que publicar aqui algo que seja uma curiosidade da genética ou do meu tema da altura, porei no seu título entre parêntisis "curiosidade".

Espero que não levem a mal, e que achem tão interessante quanto eu.

Até à próxima!

Roberto

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Rastreio sobre doenças genéticas

Em inicios de Junho de 2007 foi feito um rastreio que na altura foi o maior rastreio de sempre, com 50 equipas, a Welcome Trust, e analisaram o genoma de dois mil pacientes para cada uma das doenças pretendidas, e de três mil pessoas sãs.

Os resultados foram publicados na segunda semana desse mês na revista científica Norte-Americana Nature. Mostraram que numerosos genes influenciam a predisposição para doenças bipolares, mas que cada gene tomado individualmente representa um risco muito pequeno. Outro exemplo: um único gene aumenta a probabilidade de sofrer de uma doença cardíaca em 20 por cento em doentes que possuam duas cópias desse gene.
Os investigadores descobriram tambem um gene, o "PTPN2" que está envolvido na regulação do sistema imunitário, que é de facto uma ligação entre duas doenças diferentes, o diabetes de tipo I, e a doença de Crohn (doença inflamatória no intestino).

Estes são exemplos entre as variadas doenças genéticas que foram investigadas. Poderei tratar algumas delas em publicações posteriores.
Mas, obviamente, não está tudo nos genes. É preciso manter um estilo de vida saudável, mais vale prevenir que remediar!

Roberto

FONTE: http://coursejournal_medicina.blogs.sapo.pt/30068.html

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Relação Neurologia-Psicologia/Psiquiatria

Para começar, quero explicar que ao contrário dos meus colegas de grupo eu não vou fazer um primeiro poste sobre a história da Neurologia. As minhas pesquisas foram em vão, pois por mais que tenha procurado não apareceu nenhuma informação sobre o seu começo e como este ocorreu. Por isso, como o meu subtema trata da Neurologia Associada À Psicologia/Psiquiatria, o meu primeiro poste irá ser sobre a relação dessas áreas e porque é importante que se relacionem e não sejam excluídas uma da outra.

Espero que a informação vos seja útil, até ao próximo poste!

Inês Henriques.




Como nem sempre se torna claro quando relacionamos a Neurologia com a Psiquiatria/Psicologia, ou melhor, diagnósticos psiquiátricos ou psicológicos com neurológicos, passo a explicar o porquê do meu subtema ser a Neurologia Associada à Psicologia/Psiquiatra.

Enquanto que os diagnósticos psiquiátricos baseiam-se nos sintomas anormais do comportamento e do carácter/personalidade humanos, que por vezes dependem da presente capacidade mental do paciente em defini-los e apresenta-los ao seu médico, a análise neurológica foca-se nos sintomas patológicos relativamente à constituição do Sistema Nervoso Central e Periférico e esta é confirmada através de exames físicos e precisos.

No entanto estas duas correntes da medicina relacionam-se e funcionam lado a lado no diagnóstico e na cura de diversas doenças como Alzheimer, doença de Huntington (disfunção cerebral hereditária, que progride com a degeneração corporal e mental envolvendo sintomas como movimentos involuntários dos membros do corpo, do tronco e da face, diminuindo a capacidade intelectual, alterando a personalidade e o comportamento), Esclerose Múltipla e Encefalites Virais. Assim, no momento em que análise psicológica e neurológica for separada, o diagnóstico e consequentemente a cura ficarão em causa, ou seja, por exemplo, um idoso com decadência mental pode ser-lhe diagnosticado Alzheimer ao contrário de depressão, sintomas de stress acumulado, podem desencadear crises convulsivas ou um ímpeto de Esclerose Múltipla, enquanto que a falta de estímulos e impulsos específicos na infância pode alterar a organização cerebral e causar distúrbios.

Por isso e para finalizar, o conhecimento cada vez maior proveniente dos estudos a estas e outras doenças raras, serve para cada vez menos se excluir o diagnóstico psicológico do neurológico e vice-versa.