Na abrangência deste conceito estão incluídas ideias sobre hereditariedade que vêm desde a Antiguidade. Na Caldeia, por exemplo, foram encontrados organigramas representativos da transmissão hereditária das características das crinas dos cavalos.
A genética, área do conhecimento que tem como objecto de estudo os genes, procura respostas para a forma como se processa a herança genética, tendo-se tornado um assunto central na Biologia.
As bases da chamada genética clássica foram estabelecidas entre 1860 e 1920, sendo Gregor Mendel o principal pioneiro, apesar de ter sido ignorado e inclusivamente criticado pelo seu livro sobre os seus estudos com a planta da ervilheira da espécie Pisum sativum.
Mendel não viu o seu trabalho reconhecido nem viveu tempo suficiente para acompanhar as relações entre os resultados que obteve e os conhecimentos genéticos que entretanto foram surgindo. Gene, cromossoma, meiose, gametogénese são alguns dos conceitos que clarificaram, com nova linguagem, as ideias e os princípios de Mendel.
Revendo rapidamente estes mesmos conceitos:
Gene – unidade de informação genética que ocupa um determinado locus de um cromossoma.
Cromossoma – conjunto de genes, podendo ser cromossomas sexuais (transmitidos à descendência) ou autossomas.
Autossomas – todos os cromossomas que constituem o cariótipo, com excepção dos cromossomas sexuais. Na espécie humana são 22 pares.
Cariótipo – conjunto de cromossomas de uma célula. É também usado para referir a distribuição padronizada dos cromossomas metafásicos (durante a metafase da mitose/metafase I da meiose), tendo em conta o número, a morfologia e as dimensões desse cromossoma.
Ácido nucleico – polímero celular em que as unidades básicas que os constituem são nucleótidos.
ADN – ácido desoxirribonucleico (em inglês: DNA); constituído por sequências dos nucleótidos adenina, citosina, guanina e timina. Codifica toda a informação de que somos constituídos. Segundo o modelo de dupla hélice (o actualmente aceite) é composto por duas cadeias polinucleotídicas, que se dispõe em sentidos inversos. A ligação entre as duas cadeias faz-se por pontes de hidrogénio entre as bases azotadas dos nucleótidos.
ARN – ácido ribonucleico (em inglês: RNA); constituído por sequências dos nucleótidos adenina, citosina, guanina e uracilo (que substitui na sequência a timina, sendo o propósito do ARN copiar a sequência do ADN).
Gametogénese – processo de formação dos gâmetas (no caso humano: espermatozóides e oócitos II)
Espermatogénese – conjunto de fenómenos (mitoses, meioses e processos de diferenciação e especialização) que se efectuam ao nível dos túbulos seminíferos, a partir de espermatogónias até à formação de espermatozóides.
Oogénese – processo de produção dos oócitos II (oócitos parados em metafase II, só acabando a meiose aquando da fecundação). Engloba mitoses e meioses.
Mitose – processo de divisão da célula. Tem quatro fases: profase, metafase, anafase e telofase, podendo ser seguida por citocinese (divisão da célula em duas). Sendo basicamente o seguinte: replicação do ADN, condensação dos cromossomas, desagregação do invólucro nuclear, separação dos cromatídeos (meio cromossoma, sendo que cada cromossoma possui dois cromatídeos, e que cada cromatídio possui a sequencia de ADN em causa), formação de dois núcleos.
Meiose – processo de formação dos gâmetas, comparável a duas mitoses seguidas. A primeira divisão da meiose é diferente da mitose pois em vez de um cromossoma para cada sequência existem dois cromossomas homólogos, ocorrendo a sua separação. A segunda divisão da meiose é igual á mitose. A meiose cria então quadro células em vez de duas.
Importante salientar que é na replicação do ADN que mais se centram os estudos para combater as doenças genéticas.
Se mais informações forem necessárias na altura as colocarei, creio que por enquanto a informação mais importante foi revista.
Roberto Luís.
1 comentário:
Wow, estes conceitos todos! eu não percebo nada disto, porém sempre tive um certo interesse pela genética.
porreiro
Isac Rolo
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